Bautista-Agut provoca debate ao questionar hábitos de sono de Alcaraz e sonhos de Grand Slam

Bautista-Agut coloca Alcaraz sob os holofotes com crítica inesperada

No universo do tênis, críticas públicas entre jogadores costumam causar barulho. E foi exatamente isso que aconteceu depois que Roberto Bautista-Agut, de 37 anos, colocou Carlos Alcaraz no centro da discussão. Após perder para Alexander Zverev no Masters 1000 de Madrid, o veterano espanhol afirmou que não acredita que Alcaraz vai conquistar títulos de Grand Slam se continuar dormindo tarde, segundo rumores sobre o cotidiano do jovem. 'Tênis em alto nível exige demais. Não acho que Carlos vencerá Grand Slams indo dormir às sete da manhã', disparou. Ele não citou episódios específicos, mas pediu mais disciplina para Alcaraz caso queira rivalizar com os números de Nadal, Djokovic e Federer, ícones do esporte que prolongaram suas carreiras por mais de uma década.

Bautista-Agut foi direto ao dizer que existe um preço a se pagar para quem quer estar entre os grandes por muito tempo. “Agora ele é jovem, está tudo dando certo, mas se quiser mesmo alcançar os feitos do Big 3, precisa manter nível de elite por pelo menos quinze anos”, alertou. Alcaraz, que recentemente precisou abandonar o Masters de Madrid por causa de lesões acumuladas no abdutor, posterior da coxa e virilha durante o torneio de Barcelona, virou alvo não só de críticas dos mais velhos, mas também de um debate fervoroso entre fãs.

Geração tenta entender os desafios de Alcaraz longe das quadras

Geração tenta entender os desafios de Alcaraz longe das quadras

Mal as palavras de Bautista caíram nas redes, torcedores começaram a rebater. Muitos lembraram o início de carreira de Rafael Nadal, conhecido por aproveitar festas locais em Manacor e jamais ter escondido um lado mais relaxado fora das quadras. Um usuário do Reddit lembrou: 'Nadal também curtia as festas da cidade quando jovem. Isso não o impediu de dominar o saibro.' Outros preferiram destacar que Alcaraz, mesmo aos 20 anos, já soma quatro troféus de Grand Slam, algo que poucos nomes da nova geração conseguiram.

Apesar do foco ter mudado rapidamente para os deslizes (ou não) fora das quadras, o próprio Bautista fez questão de elogiar Zverev, descrevendo o tenista alemão — atualmente número 2 do mundo — como um dos adversários mais difíceis de Madrid. O espanhol admitiu que faltou agressividade na partida e destacou a precisão e potência do saque do rival. O clima, no entanto, é de alerta no tênis espanhol: as ausências de Nadal e Alcaraz na reta final do Masters de Madrid e os questionamentos públicos sobre comportamento e longevidade mostram que a transição entre gerações está longe de ser tranquila.

Se Alcaraz, mesmo lesionado, ainda divide opiniões sobre como lida com a fama e a pressão, resta saber se críticas como a de Bautista-Agut terão algum impacto real no dia a dia e nos resultados de um dos jovens mais vitoriosos do circuito atual.

Postar um Comentário