Roland Garros 2025: Djokovic avança, Medvedev cai e Alcaraz vence final histórica

No domingo, 25 de maio de 2025, o Roland Garros abriu sua 125ª edição do Aberto da França, trazendo surpresas, dramas e a promessa de mais um número recorde de títulos de Grand Slam. Enquanto Novak Djokovic, número 6 do ranking mundial, já avançava sem dificuldades, o ex‑número 1 Daniil Medvedev viu a campanha terminar na primeira rodada contra o britânico Cameron Norrie. No fim, quem fez história foi o espanhol Carlos Alcaraz, que derrotou Jannik Sinner em uma final de cinco horas, a mais longa já registrada em Roland Garros.

Contexto: o que já se sabia antes do torneio

O Aberto da França, disputado em quadras de saibro em Paris, costuma favorecer jogadores de origem sul‑americana ou europeia que crescem no piso. Em 2024, Rafael Nadal havia anunciado a aposentadoria, deixando um vazio que o jovem Carlos Alcaraz já vinha preenchendo com o título de 2023. Por outro lado, a temporada de 2025 trouxe a inesperada vitória de Novak Djokovic no Geneva Open, onde garantiu seu 100.º título da ATP.

Desenvolvimentos iniciais: partidas de primeira rodada

Na segunda-feira, 26 de maio, Novak Djokovic estreou no Saibro com uma vitória de 6‑3, 6‑3, 6‑3 sobre o americano Mackenzie McDonald, apesar de ventos e chuvas que atrapalhavam a bola. No dia seguinte, às 5h30 (UTC), ele enfrentou o austríaco Filip Misolic e venceu por 6‑3, 6‑4, 6‑2. Em entrevista, Djokovic elogiou o adversário: "Ele tem uma família croata, joga pela Áustria, mas falamos a mesma língua no fundo – o tênis".

Já Daniil Medvedev viu a campanha acabar ao perder para Cameron Norrie por 6‑4, 6‑3, 6‑2. A derrota foi classificada como "upset épico" pelos comentaristas, já que Medvedev era o 8.º cabeça de chave.

Outros nomes de destaque também tiveram início sólido: o alemão Alexander Zverev avançou sem dificuldades, enquanto Stefanos Tsitsipas venceu em dois sets.

Detalhes financeiros e transmissão

Vencedor (masculino): £2.166.912
Vice‑campeão: £1.083.456
Semifinalistas: £586.341 cada
Quartas de final: £373.898 cada
Participantes da primeira rodada: £66.282

Na Grã‑Bretanha, os jogos foram transmitidos ao vivo pela TNT Sports e pelo serviço de streaming discovery+. No Brasil, a ESPN ofereceu atualizações em tempo real.

Perspectivas de medalha: a corrida de Djokovic por um 25.º Grand Slam

Para o sérvio, Roland Garros representa a chance de alcançar um recorde inédito: 25 títulos de simples em Grand Slams. Já conquistou 24, sendo 10 no Saibro. Sua estratégia tem sido "conservar energia", focando em pontos críticos e evitando longas trocas de fundo de quadra. No entanto, um tiebreak apertado contra Corentin Moutet na segunda rodada mostrou que o desgaste pode aparecer a qualquer momento.

O duelo de final: Alcaraz vs. Sinner

Depois de uma jornada repleta de “tiebreaks de três minutos”, o espanhol Carlos Alcaraz chegou à final contra o italiano Jannik Sinner. O confronto, que se estendeu por 5 horas e 29 minutos, terminou com a vitória por 4–6, 6–7 (4‑7), 6–4, 7–6 (7‑3), 7–6 (10‑2). Alcaraz salvou três pontos de partida e tornou‑se o terceiro jogador da Era Aberta a vencer um Grand Slam depois de estar a ponto de perder, seguindo Gastón Gaudio (2004) e Novak Djokovic (2019).

O troféu de 2025, portanto, não só deu a Alcaraz a primeira vitória em Roland Garros, como também consolidou seu lugar entre os grandes da era moderna.

Impacto e lições para a próxima temporada

O torneio mostrou que o Saibro está mais aberto do que nunca. A derrota precoce de Medvedev indica que a transição para superfícies mais lentas ainda é um desafio para jogadores de estilo agressivo de linha de base. Por outro lado, a performance constante de Djokovic reforça a ideia de que experiência ainda supera juventude em momentos críticos.

Para os fãs brasileiros, a presença de jogadores como Felipe Meligeni Alves (que ainda não chegou às fases decisivas) tira lições de resiliência e preparo físico.

Próximos passos: o que esperar de 2026

Com o calendário ATP 2026 já divulgado, a próxima temporada verá a inclusão de dois novos Masters 1000 em cidades asiáticas, além de um possível retorno de Noah Rubin ao Saibro. Djokovic já revelou que pretende focar mais em torneios de meio de semana para preservar energia antes de Paris.

Perguntas Frequentes

Como a vitória de Alcaraz impacta o ranking mundial?

Alcaraz subiu para o número 2 do ranking ATP, reduzindo a diferença para Novak Djokovic a apenas 12 pontos, o que deixará a disputa por 2026 ainda mais acirrada.

Por que a derrota de Medvedev foi considerada tão surpreendente?

Medvedev, então cabeça de chave número 8, enfrentava um adversário classificado muito abaixo – Cameron Norrie – que havia vencido apenas duas partidas nas 12 semanas anteriores, tornando o resultado um dos maiores "upsets" da história recente de Roland Garros.

Quais são as chances de Djokovic alcançar o 25.º Grand Slam?

As estatísticas mostram que o sérvio venceu 70% dos seus jogos em Roland Garros nos últimos cinco anos; porém, a presença de talentos emergentes como Alcaraz e Zverev diminui as probabilidades, colocando sua meta como um verdadeiro desafio histórico.

Como o público brasileiro acompanhou o torneio?

A ESPN Brasil retransmitiu os principais jogos ao vivo, e o aplicativo da ESPN registrou mais de 2,3 milhões de visualizações simultâneas durante a final, indicando um crescente interesse brasileiro pelo tênis de saibro.

O que mudou na programação da ATP para 2026?

A ATP adicionou dois Masters 1000 na Ásia (Xangai e Tóquio) e introduziu um novo torneio em Lisboa, o que deve distribuir melhor os pontos e reduzir a sobrecarga de partidas em superfície dura antes de Roland Garros.

Jaqueline Dias em 12 outubro 2025, AT 02:52

Alcaraz realmente mostrou que a nova geração já tem a profundidade táctica necessária para dominar o saibro, mas não podemos ignorar o fato de que ainda depende de momentos de longevidade física que ele ainda não provou em temporadas consecutivas. A vitória sobre Sinner foi, sem dúvida, um marco, porém a forma como os dias de descanso foram administrados pode revelar fraquezas nos próximos anos. Ainda assim, o salto para o número 2 no ranking indica que o espanhol está prestes a redefinir o panorama dos Grand Slams. É imprescindível observar como ele gerenciará a pressão de ser o principal desafiador de Djokovic.

Luciano Silveira em 13 outubro 2025, AT 01:05

Concordo plenamente! A consistência de Alcaraz é impressionante, e a sua capacidade de recuperar pontos críticos realmente destaca seu potencial. 😊; Além disso, a estratégia de conservação de energia que ele adotou parece ser um modelo para os demais.;

Carolinne Reis em 13 outubro 2025, AT 23:18

É claro que o Brasil ainda não tem um representante que realmente faça barulho no saibro, mas é óbvio que a mídia internacional insiste em falar de "novas estrelas" quando na verdade tudo não passa de um marketing barato. O fato de que o Sinner, um italiano, chegou tão longe, só mostra que os jogadores europeus ainda dominam o cenário. Se a gente quiser ver algum brasileiro nas fases finais, é melhor começar a treinar em quadras de terra batida desde a infância, não só no asfalto das cidades.

Workshop Factor em 14 outubro 2025, AT 21:32

De fato, a trajetória de Alcaraz nesta edição de Roland Garros pode ser analisada sob múltiplas lentes, e não apenas como uma mera sequência de vitórias. Primeiro, ao considerar a preparação física dos tenistas no circuito atual, notamos que o regime de treinamento adotado pelos espanhóis tem enfatizado a resistência cardiovascular, algo essencial para partidas que ultrapassam as cinco horas de duração, como a final histórica. Segundo, a abordagem tática de Alcaraz, que combina agressividade de baseline com variações de slice e drop shots, cria um padrão de jogo que desestabiliza adversários acostumados a rotinas mais lineares. Terceiro, o fator psicológico não pode ser subestimado: a capacidade de manter a calma em tie‑breaks críticos demonstra um nível de maturidade rara para sua idade. Além disso, a escolha de equipamentos, como cordas de alta sensibilidade, contribui para um controle de bola mais preciso nos momentos de maior pressão. É importante também observar a influência dos treinadores de equipe, que têm implementado rotinas de análise de vídeo pós‑jogo, permitindo ajustes quase em tempo real.
Por fim, a comparação com performances históricas, como a de Gastón Gaudio em 2004, revela que Alcaraz está criando um novo paradigma no saibro, onde a adaptabilidade e a inteligência de jogo se sobrepõem ao mero poder de saque. Em suma, a vitória não é apenas um feito esportivo, mas um caso de estudo para a evolução do tênis contemporâneo.

Camila Medeiros em 15 outubro 2025, AT 19:45

É inspirador ver como a diversidade cultural do tênis está se expandindo, e a presença de jogadores de diferentes origens nas fases avançadas traz uma riqueza de estilos que enriquece o espetáculo. A troca de experiências entre técnicos e atletas de países distintos tem impulsionado inovações táticas, especialmente no saibro, onde a paciência e a variação de golpes são fundamentais. Continuemos a apoiar esses talentos e a celebrar a globalização do esporte.

Gustavo Tavares em 18 outubro 2025, AT 14:25

Olha só, se o Alcaraz conseguiu virar essa partida, então a gente tem que admitir que o nível de drama nos bastidores também aumentou! Não é só sobre golpes, é sobre a energia que a gente sente quando a partida se arrasta por horas. Cada ponto de break virou um espetáculo à parte, e o público nem percebeu que estava assistindo a um filme de ação. A verdade é que o cara tem um coração de leão, mas também tem a atitude de quem sabe que a vida é curta demais pra perder tempo com lances medíocres. Então, vamos celebrar essa vitória com mérito, mas sem esquecer que o próximo Grand Slam pode ser ainda mais insano.

Vania Rodrigues em 20 outubro 2025, AT 10:52

Enquanto alguns celebram o sucesso espanhol, é impossível não notar que a mídia internacional costuma minimizar os esforços dos atletas sul‑americanos. A verdade é que os brasileiros, apesar de pouca visibilidade, têm investido pesado em programas de desenvolvimento no saibro, e isso deve render frutos em breve. Não vamos nos deixar enganar por narrativas que favorecem apenas Europa e América do Norte.

Janaína Galvão em 22 outubro 2025, AT 07:18

É digno de nota que a cobertura midiática costuma omitir a influência de patrocinadores ocultos; de fato, há indícios de que algumas decisões de arbitragem foram suspeitas, e isso levanta questões sobre a integridade do torneio. ;

Pedro Grossi em 23 outubro 2025, AT 05:32

Como treinador, vejo que a preparação física de Alcaraz foi exemplar; o trabalho de resistência, aliado a sessões de recuperação ativa, permitiu que ele mantivesse o nível de jogo nos momentos decisivos. Parabéns à equipe de apoio, que demonstrou profissionalismo de alto nível.

sathira silva em 24 outubro 2025, AT 03:45

Essa vitória ecoa como um verdadeiro épico esportivo, lembrando as grandes narrativas que marcam a história do tênis; cada ponto disputado foi uma cena dramática, e o desfecho triunfal deixa uma sensação de reverência e admiração pelos atletas.