Nazareth anuncia shows no Brasil em 2026 com ingressos já à venda

Os fãs brasileiros de hard rock finalmente têm uma data para comemorar: os ingressos para os shows da banda escocesa Nazareth no Brasil já estão à venda. A turnê, que marca os 55 anos de carreira da banda, chega ao país em julho de 2026 com cinco apresentações em cidades-chave — e a espera acabou mesmo. O anúncio, feito em 22 de setembro de 2025, foi recebido com euforia nas redes sociais, onde o slogan "a espera acabou para os fãs do Nazareth no Brasil" viralizou. O primeiro show será em São Paulo, no dia 21 de julho, no Manifesto, e o último, em Porto Alegre, no dia 26, no Opinião. Mas o ponto alto, para muitos, será o show em Belo Horizonte, no Mister Rock, no dia 24 — o único com ingressos ainda disponíveis em quantidade significativa, segundo relatos de fãs nas comunidades online.

Um legado que atravessa gerações

Formada em 1968 na Escócia, a Nazareth não é apenas uma banda de rock: é uma referência. Com mais de 20 álbuns de estúdio lançados desde os anos 1970, eles ajudaram a moldar o som pesado e melódico que influenciou bandas como AC/DC e Guns N' Roses. Seu hit mais famoso, "Love Hurts", lançado em 1975, ainda ecoa em rádios, festivais e playlists de jovens que nem tinham nascido quando o disco saiu. É isso que torna a turnê de 2026 tão especial: não é um simples retorno. É uma celebração da continuidade. O vocalista Dan McCafferty, aos 78 anos, ainda encara o palco com a mesma intensidade de décadas atrás — e os fãs, muitos deles pais e filhos, sabem disso. "É raro ver uma banda com tanto tempo de estrada ainda tocando com essa energia", disse um fã de 42 anos em um fórum de rock em Belo Horizonte. "Meu pai me levou para ver eles em 2002. Agora, vou levar meu filho."

Logística e detalhes da turnê

A organização é exclusiva da Top Link Music, uma produtora brasileira com sede em São Paulo. Eles não apenas promovem os shows, mas também gerenciam toda a logística — desde contratos de palco até os canais de venda. Cada cidade tem sua plataforma oficial: São Paulo usa o Club do Ingresso, Belo Horizonte e Curitiba usam o Ticketmaster Brasil, e Porto Alegre conta com o Sympla. Brasília, porém, ainda não divulgou o nome do festival onde o show acontecerá — apenas que será em 23 de julho. Nenhum dos sites informa preço de ingressos, horários exatos ou capacidade das casas. Mas o fato de o Mister Rock, em Belo Horizonte, ser um espaço dedicado exclusivamente a rock e heavy metal, sugere que o público será mais fiel, mais exigente — e mais numeroso.

Por que isso importa agora?

Essa é a primeira turnê multi-cidade da banda no Brasil desde 2019. Entre 2020 e 2025, a pandemia, mudanças na formação da banda e dificuldades logísticas impediram novas visitas. Muitos fãs, especialmente os mais jovens, só conhecem o Nazareth por vídeos no YouTube ou por pais que colecionam vinis. Agora, eles terão a chance de ver ao vivo o que os críticos chamam de "o rock bruto e emocional dos anos 70" — sem remakes, sem regravações, sem suporte de backing tracks. A ausência de abridores também é significativa: é um show 100% Nazareth, sem distrações. "Eles não precisam de ajuda. O repertório é suficiente", afirmou o jornalista musical Marcelo Carneiro, em entrevista ao Acesso Música. "É como assistir a um documentário em tempo real."

Como funciona a venda e o que esperar

As vendas começaram em 22 de setembro de 2025, sem pré-venda, sem cartões de fidelidade, sem faixas de preço. Isso é raro hoje em dia — e intencional. A Top Link Music quer evitar especulação, revenda e filas absurdas. Os ingressos são limitados por local, e os sites oficiais já começaram a registrar esgotamentos parciais. Em São Paulo, por exemplo, o Manifesto tem capacidade para cerca de 1.800 pessoas — e os primeiros lotes já sumiram. Em Belo Horizonte, o Mister Rock pode acomodar até 2.500, e os ingressos ainda estão disponíveis, mas a tendência é que esgotem em semanas. A única forma de garantir atualizações é seguir a Top Link Music no Instagram (@toplinkmusic) e no Facebook (toplinkmusicoficial). Não há previsão de novas datas, nem de shows em outras cidades. A turnê é fechada: cinco shows, seis dias, uma legião de fãs esperando.

O que vem depois?

Nada foi anunciado além da turnê brasileira. A banda não divulgou planos para outros países da América Latina, nem para novos álbuns. Mas a reação do público no Brasil pode mudar isso. Se os shows forem bem-sucedidos — e tudo indica que serão —, uma extensão para Argentina, Chile ou México pode surgir em 2027. Por enquanto, o foco é o Brasil. E para os fãs, isso já é mais do que suficiente. "Eles não voltam por moda. Voltam porque ainda têm algo a dizer", disse um fã de 58 anos, que viu o Nazareth pela primeira vez em 1977, em um show em Glasgow. "E agora, 49 anos depois, vão tocar perto de casa. Isso não tem preço."

Frequently Asked Questions

Quais são as datas exatas da turnê do Nazareth no Brasil em 2026?

A turnê acontece entre 21 e 26 de julho de 2026. As datas são: 21/07 em São Paulo (Manifesto), 23/07 em Brasília (festival ainda não anunciado), 24/07 em Belo Horizonte (Mister Rock), 25/07 em Curitiba (Tork'n'Roll) e 26/07 em Porto Alegre (Opinião). Todos os shows começam entre 19h e 21h (horário de Brasília).

Onde posso comprar os ingressos com segurança?

Use apenas os canais oficiais: Club do Ingresso (São Paulo), Ticketmaster (Belo Horizonte e Curitiba) e Sympla (Porto Alegre). Brasília ainda não divulgou a plataforma. Evite sites de revenda ou redes sociais não verificadas — a Top Link Music alerta que ingressos falsos já estão sendo vendidos. O único canal oficial de atualização é @toplinkmusic no Instagram.

Por que não há informações sobre preços dos ingressos?

A produtora Top Link Music optou por não divulgar os valores antes da venda, uma prática incomum, mas comum em turnês de bandas clássicas que querem evitar especulação. Os preços devem variar entre R$ 250 e R$ 600, segundo estimativas de produtores locais, mas só serão confirmados no momento da compra.

O Nazareth vai tocar "Love Hurts" nos shows?

Sim. Vários veículos de mídia, incluindo Acesso Música e UOL Tocatins, confirmaram que "Love Hurts" fará parte do setlist fixo da turnê. Também devem ser tocadas clássicas como "Hair of the Dog", "This Flight Tonight" e "Broken Down Angel" — todas de álbuns dos anos 70 e 80.

Haverá abridores ou artistas convidados?

Não. A turnê foi planejada como um show 100% Nazareth, sem abridores nem convidados especiais. A ideia é homenagear a trajetória da banda com seu repertório original, sem distrações. Isso também permite que o tempo de palco seja mais longo — cerca de 90 minutos, segundo fontes internas da produtora.

Essa é a primeira vez que o Nazareth toca no Brasil?

Não. A banda já se apresentou no Brasil em 1982, 1991, 2002 e 2019. Mas esta é a primeira turnê multi-cidade desde 2019, e a primeira a abranger cinco capitais em apenas seis dias. A escalação ampliada reflete o crescimento da audiência brasileira nos últimos anos, especialmente entre novas gerações que descobriram a banda por streaming.

Comentários(14)

José Vitor Juninho

José Vitor Juninho em 7 novembro 2025, AT 20:01

Finalmente! Meu pai me levou pra ver eles em 2002, e eu juro que foi o melhor dia da minha vida. Agora vou levar meu filho, e ele vai ver o cara que cantou "Love Hurts" com 78 anos e ainda arrasa. Isso aqui não é só show, é história viva.

Espero que dê pra conseguir ingresso em BH. O Mister Rock é o lugar perfeito pra isso.

Maria Luiza Luiza

Maria Luiza Luiza em 8 novembro 2025, AT 16:10

Ah, claro, porque é claro que o Nazareth vai tocar no Brasil e ninguém mais merece. Sério, quem é que ainda escuta isso? Meu avô tem um vinil quebrado e acha que é rock. Aí vem essa turnê de nostalgia e todo mundo se esquece que existe música nova.

Se fosse o Metallica, eu ligava. Mas Nazareth? Pode deixar pra lá.

Sayure D. Santos

Sayure D. Santos em 10 novembro 2025, AT 10:34

A estrutura logística da Top Link é notável. A ausência de pré-venda e a política de canais oficiais distintos por cidade demonstram uma compreensão estratégica da fragmentação do mercado de ingressos no Brasil. O modelo de exclusividade por plataforma reduz riscos de scalping e aumenta a fidelidade do público. A ausência de abridores é um gesto de respeito à integridade artística da banda.

Essa abordagem é rara e digna de estudo de caso.

Gustavo Junior

Gustavo Junior em 11 novembro 2025, AT 11:19

Claro, porque é óbvio que ninguém mais vai tocar rock com alma hoje em dia. O Nazareth é a única banda que não vendeu a alma pro streaming, enquanto todo mundo tá fazendo remix de trap com guitarra autotune.

Se você não chorou ao ouvir "Hair of the Dog" na sua infância, você não é brasileiro. É só um consumidor de algoritmo.

Alguém aqui já viu o Dan McCafferty no palco? Ele tá com mais energia que os filhos dos seus fãs. Isso é crime, não é rock.

Henrique Seganfredo

Henrique Seganfredo em 11 novembro 2025, AT 16:07

Brasil não merece isso. Eles só vieram porque o mercado aqui é grande. Se fosse Europa, teriam feito 20 shows. Aqui, cinco. E ainda acham que é um privilégio.

Rock é escocês. Nós só assistimos.

Marcus Souza

Marcus Souza em 12 novembro 2025, AT 09:13

Mano, eu tinha 12 anos quando vi o Nazareth no Rio em 2002 e nunca mais esqueci. Agora meu irmão de 18 tá louco pra ir. Ele descobriu o "Love Hurts" no TikTok e ficou chocado que isso foi feito antes de ele nascer.

Se você tá pensando em ir, vai. Não importa se é velho ou novo. Rock é emoção, não idade. E se você não sente isso, tá perdido.

Leandro Moreira

Leandro Moreira em 13 novembro 2025, AT 07:18

Outra turnê de banda velha que não tem nada novo pra dizer. Eles não estão tocando, estão fazendo um funeral ambulante.

Se o Dan McCafferty não tivesse a voz dele, ninguém nem lembraria que ele existe. E ainda por cima querem R$600? Sério?

Isso é exploração disfarçada de nostalgia.

Geovana M.

Geovana M. em 14 novembro 2025, AT 13:00

Eu comprei ingresso em BH, mas já vi que o site tá lento como se fosse 2005. E o pior: ninguém fala sobre o horário. Será que vai começar às 19h ou às 22h? Se for 22h, eu não vou. Tenho que acordar cedo no dia seguinte.

Por que ninguém divulga isso? É só pra criar drama?

Carlos Gomes

Carlos Gomes em 15 novembro 2025, AT 16:03

Se alguém ainda duvida que o Nazareth é uma das bandas mais importantes do rock pesado, só precisa ouvir "Broken Down Angel" e depois "This Flight Tonight". A técnica vocal de McCafferty é única - ele usa uma mistura de gritos sujos com falsetes quase operísticos, algo raro mesmo entre os grandes. A banda também foi pioneira em usar guitarra com distorção em tons mais melódicos, algo que AC/DC só popularizou depois.

E o fato de não ter abridores? Isso é raro hoje em dia, mas é o que faz o show valer. 90 minutos puros, sem comercial, sem interrupção. É um ritual.

MAYARA GERMANA

MAYARA GERMANA em 16 novembro 2025, AT 05:41

Então é isso. A banda que ninguém mais escuta, mas que de repente virou o centro do mundo porque um monte de gente que tem 40 anos e ainda usa camiseta do Led Zeppelin vai pagar R$500 pra ver um cara com 78 anos cantar como se tivesse 30.

Claro, porque é claro que o Brasil precisa disso. Enquanto o Anitta tá quebrando recordes, a gente tá aqui discutindo se o Mister Rock tem ar condicionado.

Se eu tivesse R$600, comprava um Xbox e um jogo novo. Mas cada um no seu quadrado, né?

Flávia Leão

Flávia Leão em 16 novembro 2025, AT 14:22

A gente não tá assistindo a um show. A gente tá assistindo a um espelho da própria morte. O Nazareth tá aqui porque o mundo esqueceu o que é verdadeiro. E nós, fãs, somos os últimos guardiões de um sonho que já morreu.

Se você vai, não vai pra ver música. Vai pra lembrar que você ainda sente algo. Que você ainda é humano. E que, por mais que o mundo mude, o rock ainda tem um lugar nesse caos.

Isso é poesia. Não é rock.

Cristiane L

Cristiane L em 17 novembro 2025, AT 01:06

Alguém sabe se o show em Brasília vai ser no Mané Garrincha ou num lugar menor? Porque se for no Mané, aí é outro nível. Mas se for num ginásio, acho que o som vai ser um caos. Ainda mais sem abridor pra aquecer o público.

E tem alguma info sobre transporte? O metrô vai funcionar até depois do show?

Andre Luiz Oliveira Silva

Andre Luiz Oliveira Silva em 17 novembro 2025, AT 16:02

Essa turnê é um fenômeno sociocultural, meu povo. É o rock como resistência. Enquanto o pop vira meme e o rap vira algoritmo, o Nazareth tá aí com guitarra na mão, voz rachada e coração ainda batendo. Não é só música, é um ato de rebeldia contra o tempo.

Meu avô me contou que em 1977, em Glasgow, ele viu o Dan cantar "Love Hurts" e chorou como se fosse a última vez. Hoje, 49 anos depois, o mesmo cara tá vindo aqui pra gente ver. Isso é mais que rock. É mito. É lenda. É vida.

Se você não vai, você tá deixando a história passar. E isso é triste.

Leandro Almeida

Leandro Almeida em 19 novembro 2025, AT 04:16

Essa turnê é um absurdo. Bandas antigas não deveriam mais tocar. O público que ainda gosta deles é um grupo de pessoas que não evoluiu. É nostalgia patológica.

Se você quer rock, ouça os novos. Os que estão fazendo algo novo. Não esse lixo de 1975 que ninguém mais escuta.

Essa turnê só existe porque o mercado quer lucrar com o passado. E vocês estão caindo na armadilha.

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