Roberto Kovalick vence lesão e cruza a linha de chegada da São Silvestre

A jornada de Kovalick ao longo de 2023

Quando o apresentador Roberto Kovalick subiu ao banco do Hora 1 no começo do ano passado, ele fez algo que poucos jornalistas ousam: prometeu participar da São Silvestre ao vivo. Na hora, a intenção parecia mais brincadeira, mas o público pegou a deixa e passou a acompanhar cada passo da preparação.

O programa virou quase um diário de treinamento. Kovalick mostrou como escolheu o tênis ideal, fez alongamentos matinais na varanda de casa e explicou a importância de alternar corridas de ritmo leve com intervalos de subida. Em um dos episódios, ele até levou a câmera para a loja e registrou a retirada do kit oficial da corrida – camiseta, número e chip – explicando que nada sai de mãos vazias quando se trata de um evento tão tradicional.

Mas a jornada não foi só milhas lisas. A metade de setembro trouxe uma torção no tornozelo que exigiu fisioterapia e repouso forçado. Muitos achariam que era o fim da promessa, mas Kovalick decidiu transformar a lesão em lição: sessões de fortalecimento, natação leve e acompanhamento diário dos profissionais de saúde. O apresentador até compartilhou, em tempo real, os dias de dor e os pequenos progressos, criando um vínculo inesperado com quem o assistia.

Desafios da São Silvestre e a superação no dia da corrida

Desafios da São Silvestre e a superação no dia da corrida

Chegado 1º de janeiro, a rua de São Paulo estava cheia de corredores de todos os cantos do país. Entre eles, Kovalick alinhou‑se na largada junto a atletas experientes e amadores. O percurso clássico de 15 km, que inclui a temida subida da Rua da Consolação, ganhou ainda mais peso para quem ainda estava se recuperando.

A subida, conhecida por forçar o ritmo cardíaco, virou o momento de teste máximo. Enquanto alguns colegas já começavam a mudar de marcha, Kovalick manteve a postura, lembrando das sessões de fortalecimento que fizera nos últimos dias. A cada degrau, ele repetia mentalmente o mantra que o público ouvira no programa: "não importa a queda, o que conta é levantar".

No retorno, o clima ficou ainda mais intenso. A avenida Paulista, com seu asfalto quente, exigiu que ele ajustasse a hidratação, algo que ele aprendeu a gerenciar ao longo de dezenas de treinos. Ao cruzar a linha de chegada, a emoção foi clara – não só por ter completado a prova, mas por ter cumprido a promessa feita ao vivo, diante de milhares de espectadores.

Além da vitória pessoal, Kovalick destacou dois aprendizados que agora compartilha com quem quer iniciar um projeto: a importância de documentar cada passo para manter a motivação e o poder de transformar um compromisso público em combustível para superar limites.

  • Planejamento: definir metas realistas e prazos claros.
  • Adaptação: ajustar o treinamento ao corpo, principalmente após lesões.
  • Transparência: envolver outras pessoas na jornada para criar apoio mútuo.
  • Persistência: nunca deixar que um contratempo apague a vontade de concluir.

Roberto Kovalick saiu da São Silvestre não só com o número impresso na camiseta, mas com a certeza de que, quando a vontade vem acompanhada de disciplina e apoio, até a subida mais íngreme pode ser vencida.