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Por Paulo Andrade
nov 11
Cientistas das renomadas universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp) fizeram uma descoberta alarmante: um novo opioide chamado nitazeno, que é entre 10 e 20 vezes mais potente do que o fentanil. Este último já é conhecido por sua eficácia, sendo cerca de 50 vezes mais forte que a heroína. Essa nova droga, portanto, representa uma ameaça sem precedentes para a saúde pública.
De acordo com o professor de toxicologia da USP, Maurício Yonamine, o nitazeno é uma substância com alto potencial de vício e um risco extremo de overdose. O fentanil, embora já bastante perigoso, não chega aos pés do nitazeno no que diz respeito à letalidade. Imagine uma droga que pode ser até 20 vezes mais poderosas que o fentanil - isso significa que mesmo uma pequena dose pode ser fatal, especialmente para usuários que não têm conhecimento da potência da substância com que estão lidando.
Em São Paulo, as chamadas 'drogas K', que são misturas de nitazeno com outras substâncias sintéticas, têm apresentado um aumento explosivo em circulação e apreensões. Dados da polícia civil do estado mostram um salto alarmante na quantidade confiscada: de apenas alguns gramas em 2020 para impressionantes 157 quilos em 2023. Este aumento reflete tanto a facilidade de produção quanto a procura crescente por essas substâncias potentes.
Os estudos que identificaram e analisaram o nitazeno foram conduzidos por especialistas com ampla experiência em toxicologia e psiquiatria. Maurício Yonamine da USP, junto com Thiago, professor de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), concentram-se em entender melhor o impacto dessa droga sobre os usuários e em disseminar informações que possam ajudar na prevenção e no tratamento.
A natureza altamente viciante do nitazeno intensifica os desafios enfrentados por profissionais de saúde na tentativa de tratar e reabilitar usuários de drogas. Além de lidar com dependências severas, há um grande perigo de overdoses fatais. Thiago destaca que é crucial educar a população sobre os riscos associados ao uso dessas substâncias e aumentar a vigilância sobre a produção e distribuição das mesmas.
As autoridades de saúde e segurança pública estão em alerta máximo. Iniciativas para conter a distribuição do nitazeno e suas misturas são urgentes e necessárias. A polícia civil tem intensificado suas operações, mas o grande volume de drogas apreendidas indica uma corrente contínua de produção e fornecimento. Isso sugere a presença de redes organizadas que se beneficiam do comércio dessa droga mortífera.
Para conter a ameaça, é fundamental que governos e agências de saúde colaborem estreitamente, implementando políticas robustas de prevenção e tratamento. Programas educacionais visando aumentar a conscientização sobre os riscos do uso de drogas são igualmente essenciais. Além disso, técnicas de detecção avançadas e recursos para reabilitação devem ser disponibilizados para ajudar os profissionais de saúde e segurança pública a lidarem com esse desafio crescente.
O surgimento e a disseminação do nitazeno têm impactos profundos e variados nas comunidades. Não só os usuários são diretamente afetados, mas também suas famílias, amigos e o sistema de saúde em geral. Os custos humanos e financeiros são enormes. Relatos de overdoses fatais e complicações de saúde associadas ao uso de nitazeno estão se tornando cada vez mais frequentes.
O nitazeno é uma ameaça letal e crescentemente prevalente em São Paulo. Sua potência extrema comparada a outros opioides torna-o particularmente perigoso, exacerbando crises de saúde pública e vício. A comunidade científica e as autoridades precisam trabalhar juntas de maneira eficaz para enfrentar essa nova e perigosa onda de drogas.