Mãe Preta
1993
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Ficha Técnica do Disco:
Título: | Mãe Preta | |
Ano: | 1993 | |
Produtor Fonográfico: | Warner Music do Brasil Ltda. — Divisão Continental | |
Gerência Artística: | Mauro Almeida | |
Produção, Criação, Produção Executiva e Repertório: | André Simões | |
Direção Musical e Repertório: | Jailton Dantas | |
Técnicos de Gravação: | Elcio Alvarez Filho, Carlos Villaça, Pepeu, Dalton L. Vicente e Aru | |
Assistentes de Estúdio: | Josiel Rufino, Marcel Jardim e Leonel Massaro | |
Mixagem: | Elcio Alvarez Filho | |
Masterização Digital: | Silvio Luís Richetto (Nosso Estúdio) | |
Foto: | Aky Morechita | |
Arte da Capa: | Antonio Alberto C. Affonso | |
Capa: | Oscar Paolillo | |
Arranjos: | Banda Mel | |
Arranjo de Metais: | Gil e Fernando Padre | |
Gravado e Mixado no Estúdio Gravodisc (São Paulo)
durante a Primavera de 1993. |
Bamda Mel é:
Teclado: | Fernando Padre | |
Guitarra: | Guto Guitar | |
Baixo: | Jailton Dantas | |
Percussão: | Dito Régis e Orlando Costa | |
Vocais: | Joka Barreto, Patrícia Alvaia e Alobened Airam | |
Músicos Convidados:
|
||
Back Vocais: | Ânfela, Tânia Lemke, Cidinha e Ringo | |
Trompete: | Françoise | |
Sax Alto: | Proveta | |
Sax Tenor: | Cacá Nalaquias | |
Sax Barítono: | Ubaldo Versalato | |
Trombone: | Feançoise | |
Acordeom: | Oswaldinho | |
Participação Especial: | Bateria do Ilêa Aiyë |
Supervisão Geral: | ALBERTO ALCANTARA DA SILVA |
Palafitas
FAIXA 1
Autor: David Sales (Ed. Phonogran)
Intérprete: Joka Barreto
Ô õ õ õ, o povo quer ser,
 â â â, feliz!
Pra morrer basta ta vivo,
Pra viver morrendo aos poucos
De baixo do céu de anil,
Em cima de mil esgotos.
Alagados não morre afogado, não!
Sem saúde, sem dinheiro,
Sem dente, sem teto, sem chão,
Só tens a preocupação,
Com a carne, com leite, com pão.
Sua casa não tem lareira,
Sua casa não tem fogão
Pra secar sua tristeza
E aquecer seu coração.
Olha lá, os meninos nadando ali
Pensando que aquilo é mar
Tentando se divertir.
E eles não dão solução.
Chega de tanta conversa
Que o povo quer ser feliz.
Vamos logo, temos pressa de arrumar esse país.
Ô ô ô ô povo quer ser,
Á â â â , feliz!
Palafitas,
Segura essa onda
Se não a casa cai, ai, ai, ai, ai, ai,
Mas finge que não vê.
A fome comendo tudoTem gente que tá no poder
Senzala do Barro Preto
FAIXA 2
Autor: Tonho Matéria (Ed. Peermusic do Brasil)
Intérprete: Alobened Airam
É na senzala do barro preto,
Que busca um sentimento
Os deuses vivem a escutar
A lua clareia o céu,
O sol aquece o ar,
E quem vive de sonho
O vento sopra o mar.
Ê nanã, ô, ô, ô, ô
Ê nanã,
Ê nanã, ô, ô, ô, ô
Ê nanã,
A mãe da chuva,
A mãe preta do meu pensamento,
Pujança e esperança da força
Que ergue o meu cantar.
Me levando,
Em direção ao templo
Singela, beleza e riqueza
Do Orun do Gantois.
É por amor,
É por amor ô ô,
Que eu vou pra lá.
É por amor,
É por amor ô ô,
A, a, a, a Bis
É na senzala do barro preto,
Que busca um sentimento
Os deuses vivem a escutar
A lua clareia o céu,
O sol aquece o ar,
E quem vive de sonho
O vento sopra o mar.
A mãe da chuva,
A mãe preta do meu pensamento,
Pujança e esperança da força
Que ergue o meu cantar.
Me levando,
Em direção ao templo
Singela, beleza e riqueza
Do Orun do Gantois.
É por amor,
É por amor ô ô,
Que eu vou pra lá.
É por amor,
É por amor ô ô,
A, a, a , a
Okerê, aqui não tenho pressa,
Okerê, é o mundo que me leva,
Okerê, clamo pela Deusa do Ébano.
Ê nanã,
Ê nanã, ô, ô, ô, ô
Ê nanã,Ê nanã, ô, ô, ô, ô
Na Bahia Tudo É Festa
FAIXA 3
Autores: Cay e Lu (Ed Tapajós)
Intérprete: Joka Barreto
Eu vou pro Pelô
Vou balançar
Eu não vou ficar
Parado aqui
Vou pro Pelô
Vou balançar.
No gingado da dança,
Seu cabelo de trança, amor!
Eu vou pro Pelô,
Vou balançar.
Na Bahia tudo é festa,
É lavagem, é procissão,
Levada do pelourinho,
A benção, o maior astral!
Salvador é alegria,
Salvador é carnaval!
Ô ô ô, levada do Pelô,
Ô ô ô, Bahia, Salvador.
Lá no fundo eu vou descer
E encontrar,
Um paraíso pra gente viver.Vou mergulhar
Luminosidade
FAIXA 4
Autores: Saul Barbosa e Jaime Sodré (Ed. Direto)
Intérprete: Patricia Alyaia
Lá vem ele,
Sempre ele,
Elegante, rei, senhor!
Lá vem ele,
Sempre ele.
O verão de Salvador!
Ciranda de luzes,
Cem mil vagalumes
Acordam o velho sol,
Rainha da praia.
Rapaz bronzeado, surfistas.
Salve, Salve!
O rei coroado
Do reino da luz
Que gera a vida!
Começa jornada, cerveja e suor!De pele dourada
Meu Gostoso
FAIXA 5
Autor: Jorge Zárath (Ed. BMG Arabella)
Intérprete: Alobened Airam
Eu tava à toa pela vida
E te encontrei amor.
Estava escrito nas estrelas
Meu mundo mudaria a cor.
Eu tava assim meio perdida
E o meu Jardim sem flor,
Foi se vestindo de poesia,
Foi transformando em alegria.
Tudo que era dor.
Quando você chegou meu neguinho,
Tudo azulou no céu da paixão,
Quando você pintou no caminho,
Foi puro mel, amor.
Meu verão!
Chega pra cá,
Pra se dar bem,
Vem cá neném!
Me mata de gozo, ô, ô, ô.
E chega pra cá,
Pra se dar bem.
Vem cá neném.
Me mata de gozo, ô, ô, ô.
Chega pra cá,
Pra se dar bem,
Vem cá neném!
Me faz assim,
Dona de mim,
Meu gostoso!
Pra se dar bem.
Vem cá neném.
Me faz assim,
Dona de mim,
Meu gostoso!
E chega pra cá
Íris do Mundo Ilê
FAIXA 6
Autores: Beto Jamaica e Ademário (Ed. BMG Arabella)
Intérprete: Patricia Alvaia
Na íris o mundo Ylê,
Dá pra encontrar felicidade,
Exprime um canto de verdade
Que a mãe natureza consagrou.
É como a evolução
De uma gente assim que se desperta,
E o Ilê Aiyê de braços abertos
Acolhe esse povo com amor,
Toda raça negrô,
É um orgulho, é paixão que é permanente,
É raiz de um subconsciente,
Nobreza por ser fundamental,
Ilê Aiyê revela,
Toda garra do mundo africano,
Liberte no seu cotidiano
Reflete esse brilho colossal!
Amor de natureza.
Valeu, valeu, valeu ILÊ.
Cantar pura beleza,
Valeu, valeu ILÊ,
Cantar pura beleza,
Valeu, valeu ILÊ AIYÊ,
Expressa tua pureza,
Valeu, valeu ILÊ AIYÊ,
E carrega, uô, ô
Nossos corações
Amor de natureza.
Valeu, valeu, valeu, ILÊ.
Cantar pura beleza,
Valeu, valeu ILÊ,
Cantar pura beleza,
Valeu, valeu ILÊ AIYÊ,
Expressa tua pureza,
Valeu, valeu ILÊ AIYÊ,
É bom te encontrar.
Lá no ILÊ,
Pra se amar.
Eu e você,
Preto ou pretinha,
Ylê Aiyê que carrega multidão.
Amor de natureza.
Valeu, valeu, valeu, ILÊ.
Cantar pura beleza,
Valeu, valeu, ILÊ ,
Cantar pura beleza,
Valeu, valeu, ILÊ AIYÊ,
Expressa tua pureza,
Valeu, valeu, ILÊ AIYÊ,
E carrega, uô, ô
Nossos corações, eu vou
Vou subindo a ladeira com amor
E carrega, uô, ô
Nossos corações
É bom te encontrar.
Lá no ILÊ,
Pra se amar.
Eu e você,
Preto ou pretinha,
Ylê Aiyê que carrega multidão.
Nossos corações, eu vou
Vou subindo a ladeira com amor
E carrega, uô, ô
Nossos coraçõesE carrega, uô, ô
A Flor do Olodum
FAIXA 7
Autores: Adailton Poesia e Valter Farias (Ed. Warner / Chappell)
Intérprete: Patrícia Alvaia
Ê a, ê a, u ê a
Ê a, ê a, ê a
Senti nos lábios
O teu beijo ardente,
Sim, sim, meu bem,
E a quentura
Do teu corpo quente,
Sim, sim, eu sei,
O teu sorriso
É tão envolvente,
Parei em você tão de repente.
Me alimento deste teu amor,
Sim, sim, meu bem,
E me aqueço neste teu calor,
Não sei, por que,
Tu és a flor que desabrochou,
Sem medo, receio. Sem pudor.
Chá, lá lá lá lá lá lá lá lá.
Amor de lá, amor de cá,
Cha, lá lá lá lá lá lá lá lá.
Amor pra dar, amor pra dar.
Cha, lá lá lá lá lá lá lá lá.
Amor quero ouvir você falar. Bis
Amor de lá, amor de cá,
Cha, lá lá lá lá lá lá lá lá.
Amor pra dar, amor pra dar.
Cha, lá lá lá lá lá lá lá lá.
Amor quero ouvir você falar. Bis
E no balanço desta banda reggae,
Sim, sim, meu bem,
Hipnotizado todo mundo segue,
Sim, sim, gostei,
Se você diz que ama o OLODUM,
Meu bem temos algo em comum!Chá, lá lá lá lá lá lá lá lá
Diga Que Eu Vou
FAIXA 8
Autores: Ytthamar Tropicália, Tutuca Crença e Fé, Itamar Santos, Antonio José e Alberto Pita (Ed. Tapajós / Warner-Chapell)
Intérprete: Alobened Airam
Diga que eu vou,
Diga que eu vou, diga.
Diga que eu vou,
Pro Ilê Aiyê
Esse negro balança, ê, ê, ê,ê
Com cabelos de trança, â, â, â.
Diga que eu vou,
Diga que eu vou, diga.
Diga que eu vou,
Pro Ilê Aiyê
Subindo o curuzu, ê, ê, ê,
20 anos de Ilê, â, â, â.
Diga que eu vou,
Diga que eu vou, diga.
Diga que eu vou,
Pro Ilê Aiyê
Bahia, terra da magia,
Lenda dos orixás,
Estado de candomblé,
Na Conceição da praia,
8 de dezembro,
Ilê Ayiê vai se apresentar,
Cantando com essa filosofia
Que faz parte da magia
De Angola e ljexá lá, iá, lá, ia
Diga que eu vou,
Diga que eu vou, diga.
Diga que eu vou,
Pro Ilê Aiyê
Festa do Rio Vermelho
Com a minha mãe, Yemanjá, lá, iá, lá, ia
No dia, 2 de fevereiro
Mãe Preta
FAIXA 9
Autores: Luiz Paiva, Luis Alves, Moraes Moreira, Capinan e Béu Machado (Ed. BMG Arabella / Warner-Chappell / direto / Tapajós)
Intérpretes: Joka Barreto, Patrícia Alvaia e Alobened Airam
Muito sol no juízo
E na beira do mar,
Água de côco,
E o swing de quem canta
E sabe falar,
Língua de preto
Jogou duro no samba de roda
E dançou,
Coisa de louco!
E o polícia chegou
E tentou bagunçar,
Nosso coreto.
Lá na Praça Caymmi.
Se vestiu de baiana,
Leu a mão da cigana
E jogou o hifa.
Oh minha mãe,
Quem não chora não mama,
Oh minha mãe.
Quem não mama espia,
Oh minha mãe,
Generoso é a teta,
Da nossa mãe preta a Bahia.
E olha o bicho que deu,
Nesse jogo eu aposto,
Nesse sonho que é só meu!
Me engana que eu gosto
Não Vá
FAIXA 10
Autores: Rey Zulu e Emmanoel Kante (Ed. Sony Music / Phonogram)
Intérprete: Joka Barreto
Não vá, não vá, embora
Oh baby, não vá, não vá.
Não vá. não vá
Fique comigo
Que eu quero é te amar.
Vem comigo ao curuzu,
Ô, ô, ô ô,
Respirar nossa cultura.
Vamos lá ver o Ilê Aiyê.
Ê, ê, ê, ê
Swingar. beleza pura.
Vamos lá ver nossa arte
Que parte para todos os cantos do mundo.
Ô, õ, õ õ, ô,ô.ô,ô não sei viver sem teu amor,
Ô, õ, õ, õ ô, ôô, ou você é tudo para mim
Não vá, não vá, embora
Oh baby, não vá, não vá.
Não vá. Não vá
Fique comigo
Que eu quero é te amar.
Ô, õ, õ õ, ô, ô.ô, ô não sei viver sem teu amor,
Ô, õ, õ, õ ô, ôô, ôô você é tudo para mim
Ô, ô
A vida sem ti, pode crer,
È um tédio profundo,
Vem comigo meu amor
A Massa
FAIXA 11
Autores: Jorge Portugal e Raimundo Sodré (Ed Warner-Chappell)
Intérprete: Alobened Airam
A dor da gente
É dor de menino acanhado,
Menino bezerro, pisado,
No curral do mundo a penar.
Que salta aos olhos,
Igual a um gemido calado,
A sombra do mal assombrado
E a dor de não poder chorar.
A dor da gente
É dor de menino acanhado,
Menino bezerro, pisado,
No curral do mundo a penar.
Que salta aos olhos,
Igual a um gemido calado,
A sombra do mal assombrado
E a dor de não poder chorar.
Moinha de homens
Que nem jerimuns amassados,
Mansos, meninos, domados,
Massa de medos iguais.
Amassando a massa,
A mão que amassa a comida,
Esculpi, modela e castiga,
A massa dos homens normais.
Quando eu lembro da massa
Da mandioca, mãe da massa,
Quando eu lembro da massa
Da mandioca, mãe da massa Bis
A dor da gente
É dor de menino acanhado,
Menino bezerro, pisado,
No curral do mundo a penar.
Que salta aos olhos,
Igual a um gemido calado,
A sombra do mal assombrado
E a dor de não poder chorar.
Moinha de homens
Que nem jerimuns amassados,
Mansos, meninos, domados,
Massa de medos iguais.
Amassando a massa,
A mão que amassa a comida,
Esculpi, modela e castiga,
A massa dos homens normais.
Quando eu lembro da massa
Da mandioca, mãe da massa Bis
A massa quer cantar da massa
A massa quer dançar da massa
Nunca mais mim fizeram aquela presença mãe da massa
Da massa que toca mandioca mãe da massa
A massa comia e passa fome mãe da massa
A massa que toca mandioca mãe da massa
Lelé, meu amor, lelé
Lelé, meu amor, lelé
No cabo da minha enxada,
Não conheço coroné
No cabo da minha enxada,
Não conheço coroné
Eu quero, mas não quero, camará
Mulé minha na função, camará
Vai ta livre de um abraço, camará
Mas não ta de um beliscão
Torna a repetir meu amor, ai, ai, ai
Torna a repetir meu amor, ai, ai, ai
É que o guarda civil não quer
A roupa no quarador, Bis
Meu Deus onde vai,
Parar essa massa,
Meu Deus onde vai,
Parar essa massa,
Desejo
FAIXA 12
Autores: Rominton Teles Santos (Ed Peermusic do Brasil)
Intérprete: Alobened Airam
Quando lhe vejo
É que sempre me lembro do passado.
Pois meu desejo
Foi sempre viver bem do seu lado.
Se me recordo
Da felicidade que sonhei,
Eu admito em que todo o momento
Fui eu que errei.
Quando lhe vejo
É que sempre me lembro do passado.
Pois meu desejo
Foi sempre viver bem do seu lado.
Se me recordo
Da felicidade que sonhei,
Eu admito em que todo o momento
Fui eu que errei.
Você é luz e paz
Enfeitando meu caminho,
Não posso resistir
Ao seu gostoso carinho.
Me dá, me dá, me dá,
Tudo isso de você,
Me faz, me faz, me foz
A mulher que eu quero ser. Bis
Sempre, sempre apaixonada,
Pra sempre desse amor
Me sentir embreagada.
Eu quero sempre estar
Protesto do Oldodun (E Lá Vou Eu)
FAIXA 13
Autor: Tatau (Ed Soni Music)
Intérprete: Joka Barreto
Força e pudor, Liberdade ao povo do Pelô
Mãe que é mãe no parto sente dor, e lá vou eu, oh!
Força e pudor, Liberdade ao povo do Pelô
Mãe que é mãe no parto sente dor, E lá vou eu
Declara a nação, Pelourinho contra a prostituição
Faz protesto, manifestação, E lá vou eu
Aids se expandiu, e o terror já domina o Brasil
Faz denúncia Olodum Pelourinho, E lá vou eu
Brasil liderança, força e elite na poluição
Em destaque o terror, Cubatão, e lá vou eu, ôh!
Iôiôiô, lálálálá
Iôiôiô, lálálálá
Iôiôiô, lálálálá
Iôiôiô, lálálálá
E lá vou eu
Lá e cá Nordestópia, Na Bahia existe Etiópia
Pró nordeste o país vira as costas, e lá vou eu
Mas somos capazes, o nosso Deus a verdade nos trás
Monumento da força e da paz, e lá vou eu, oh
Iôiôiô, lálálálá
Iôiôiô, lálálálá
Iôiôiô, lálálálá
Iôiôiô, lálálálá
E lá vou eu
Atenção!!! Banda Mel vamos saldar a Bahia E conservar o Pelourinho
Desmond Tutu, contra a Apartheid na África do Sul,
Vem saudando ao Nelson Mandela, o Olodum, ô ô ô
Iôiôiô, lálálálá
Iôiôiô, lálálálá
Iôiôiô, lálálálá
Iôiôiô, lálálálá
E lá vou eu, Brasil, a Bahia, a Paz, Banda Mel
Sem ter pão nem água pra beber,
E lá vou eu Moçambique hei,
Por minuto homem vai morrer
Capitães de Aveia versus Meninos de Rua
FAIXA 14
Autores: Adailton Poesia e Valter Farias — Música Incidental na Baixa dos Sapateiros (Ary Barroso) (Ed Warner-Chappell Vitalle)
Intérprete: Joka Barreto
Ei, doutor! O senhor me ensina o ler!
Ei, doutor! Eu lhe ensino a jogar capoeira,
Tocar berimbau e agogô.
Neste mundo tão ingrato,
Esta é a verdade nua e crua,
Hoje, agora, aqui e ali,
Me chamam menino de rua
Nos tempos passados
Que eu jogava capoeira,
Os mais velhos assim chamavam:
Este menino é um capitão de areia!
Ei, doutor! O senhor me ensina o ler!
Ei, doutor! Eu lhe ensino a jogar capoeira,
Tocar berimbau e agogô.
A alta sociedade,
Que não liga para a gente,
Quando um de nós tomba morto.
Nos enterra como indigente.
Ei, doutor! O senhor me ensina o ler!
Ei, doutor! Eu lhe ensino a jogar capoeira,
Tocar berimbau e agogô.
É, pivete, é trombadinha,
É um menino de rua,
É criança abandonada,
É um menino de rua,
De uma coisa eu tenho certeza,
Um nome eu tenho que ter,
Mas se eu não sei o meu nome.
É porque não aprendi o ler.
Ei, doutor! O senhor me ensina o ler!
Ei, doutor! Eu lhe ensino a jogar capoeira,
Tocar berimbau e agogô.
Não tenho casa pra morar,
Moro aqui. ali e acolá.
A marquise da avenida é o nosso lar.
Eu, menino de rua
Maluco Beleza
FAIXA 15
Autor: Raul Seixas e Cláudio Roberto (Ed )
Intérprete: Patrícia Alvaia
Enquanto você se esforça pra ser,
Um sujeito normal
Em fazer tudo igual.
Eu do meu lado
Aprendendo a ser louco,
Maluco total,
Na loucura real.
Controlando a minha maluquez.
Misturada com minha lucidez.
Eu vou ficar,
Ficar com certeza, maluco beleza
Eu vou ficar,
Se de vez é bom
Ficar com certeza, maluco beleza
Quando você se esforça para ser um sujeito normal
E fazer tudo igual, eu do meu lado aprendendo a ser louco
Um maluco total, na louca real
Eu vou ficar,
Se de vez é bom
Ficar com certeza, maluco beleza
E esse caminho que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
Por não ter aonde ir.
Controlando a minha maluquez,
Misturada com a minha lucidez.
Eu vou ficar,
Ficar com certeza, maluco beleza
Misturada com a minha lucidez.
Eu vou ficar,
Ficar com certeza, maluco beleza!
Controlando a minha maluquez